Mais de 50 países e de 80 empresas se comprometem a intensificar a sua colabora??o
RIO DE JANEIRO, 20 de junho de 2012 – Mais de 50 países e 86 empresas privadas somaram esfor?os para considerar o valor dos recursos naturais, como ar limpo, água potável, florestas e outros ecossistemas, nas decis?es sobre negócios e nos sistemas contábeis nacionais.
Cinquenta e sete países e a Comiss?o Europeia est?o apoiando um comunicado que convida governos, o sistema das Na??es Unidas, institui??es financeiras internacionais e outras organiza??es globais a fortalecer a implementa??o da contabilidade do capital natural no mundo inteiro.
As empresas privadas e as institui??es financeiras – como Wal-Mart, Woolworths Holdings, Unilever, Standard Chartered e Caisse des Dép?ts –, algumas das quais já apoiaram iniciativas como a Declara??o do Capital Natural promovida pelo setor financeiro e o Pacto de Lideran?a para o Natural Capital, reafirmaram o seu compromisso de colaborar em escala mundial para integrar as considera??es sobre o capital natural em seus processsos decisórios.
No discurso realizado hoje em um evento da Conferência Rio+20, a Vice-Presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, Rachel Kyte, disse que todos os elementos para a implementa??o da contabilidade do capital natural já est?o disponíveis: a metodologia aprovada pelas Na??es Unidas, o compromisso político de mais alto nível e o forte apoio do setor privado.
"O Rio ofereceu uma oportunidade para que os países e a iniciativa privada ampliem o seu compromisso com a contabilidade do capital natural e demonstrem os potenciais benefícios para a popula??o mundial", salientou Kyte. "Existe agora um amplo apoio à implementa??o em todo o planeta. Daqui a 20 anos vamos olhar para trás e lembrar que foi neste momento que modificamos a nossa maneira de considerar a natureza."
O evento de hoje contou com a participa??o dos Presidentes da Costa Rica, Laura Chinchilla, e do Gab?o, Ali Bongo Ondimba, dos Primeiros-Ministros da Noruega, Jens Stoltenberg, e da Dinamarca, Helle Thorning-Schmidt, do Vice-Primeiro-Ministro do Reino Unido, Nick Clegg, e do Comissário da Uni?o Europeia para o Meio Ambiente, Janez Potocnik, assim como de um grande número de líderes corporativos.
O Vice-Primeiro-Ministro Clegg afirmou: "Os governos nacionais devem ir além de uma compreens?o limitada da riqueza. Agora, avaliamos o desempenho de um país verificando quase exclusivamente os seus recursos financeiros, ignorando o estado de ativos como florestas ou áreas costeira, que constituem um capital natural essencial. Tenho o prazer de apoiar a campanha 50/50 do Banco Mundial, que convida as empresas e os governos a se comprometer com a implementa??o da contabilidade do capital natural. Somente com este esfor?o conjunto poderemos obter o tipo de progresso necessário.”
Governos, empresas privadas e organiza??es internacionais, entre as quais o Grupo Banco Mundial, identificaram a necessidade de uma a??o coordenada para:
● Estabelecer acordos institucionais com o objetivo de implementar a contabilidade do capital natural;
● Desenvolver metodologias científicas para a contabilidade do capital natural, como um complemento aos indicadores do PIB e do desempenho corporativo; e
● Criar projetos piloto e demonstrar os aspectos econ?micos, sociais e ambientais das abordagens ampliadas e integradas da contabilidade do capital natural.
O Banco Mundial está apoiando os países para que incluam o seu capital natural nos sistemas de contas nacionais, por meio da parceria global Contabiliza??o das Riquezas para Avalia??o dos Servi?os dos Ecossistemas (WAVES, na sigla em inglês). No evento de hoje no Rio de Janeiro, o Governo da Holanda anunciou uma contribui??o no valor de �2 milh?es para o WAVES.
“A Holanda vem experimentando a contabilidade ambiental desde os anos 1990”, afirmou Ben Knapen, ministro holandês dos Assuntos Europeus e da Coopera??o Internacional. “Hoje, tenho o prazer de anunciar que podemos apoiar a incorpora??o do capital natural às contas nacionais por meio do programa WAVES do Banco Mundial em alguns países parceiros, com a contribui??o financeira de 2 milh?es de euros.”
O Governo da Fran?a, que também assumiu o compromisso de colaborar com US$1 milh?o para apoiar o WAVES, confirmou: “Para a Fran?a, a contabilidade ambiental faz parte de um trabalho mais global que vai além dos indicadores do PIB. Esta é uma necessidade prioritária e urgente para melhor fundamentar as decis?es sobre políticas. Por essa raz?o, a Fran?a apoia enfaticamente o desenvolvimento de metodologias comuns e o compartilhamento de experiências concretas, com base no Sistema das Na??es Unidas de Contabilidade Econ?mica e Ambiental (SEEA, na sigla em inglês), promovida pelo programa WAVES.”
O Presidente Ali Bongo Ondimba, do Gab?o, afirmou: “? essencial levar em conta todos os aspectos do desenvolvimento sustentável, como o capital natural, em nossos esfor?os de constru??o de um futuro sustentável para a humanidade.”
Paul Polman, Diretor Executivo da Unilever, enfatizou: “O mundo necessita urgentemente adotar uma forma de capitalismo mais sustentável e equitativa, mas n?o podemos fazer isso sem a colabora??o do setor financeiro cujas decis?es sobre empréstimos e investimentos determinam em que medida o nosso capital natural está degradado ou valorizado. A Declara??o do Capital Natural é uma demonstra??o muito bem-vinda da t?o necessária lideran?a nessa área.”
A parceria WAVES inclui o Programa das Na??es Unidas para o Meio Ambiente, o Programa das Na??es Unidas para o Desenvolvimento e a Comiss?o de Estatística das Na??es Unidas, e países como Botsuana, Col?mbia, Costa Rica, Madagascar e Filipinas, que est?o implementando os programas, além de contar com o apoio técnico e financeiro da Austrália, do Canadá, da Fran?a, do Jap?o, da Noruega, do Reino Unido e de diversas organiza??es da sociedade civil.
