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COMUNICADO ? IMPRENSA

Igualdade de G¨ºnero: a coisa certa e inteligente a fazer ¨C Relat¨®rio do Banco Mundial

18 de setembro de 2011




Apesar de ganhos impressionantes em igualdade de g¨ºnero, quase quatro milh?es de mulheres ¡°desaparecem¡± anualmente nos pa¨ªses em desenvolvimento

WASHINGTON, D.C., 18 de setembro de 2011 ¨C A igualdade de g¨ºnero ¨¦ importante por si mesma, mas ¨¦ tamb¨¦m economia inteligente: os pa¨ªses que criam melhores oportunidades e condi??es para mulheres e meninas podem aumentar a produtividade, melhorar os resultados para as crian?as, tornar as institui??es mais representativas e avan?ar as perspectivas de desenvolvimento para todos, diz um novo e importante relat¨®rio do Banco Mundial.

O Relat¨®rio sobre o Desenvolvimento Mundial 2012: Igualdade de G¨ºnero e Desenvolvimento assinala grandes passos no sentido de reduzir os hiatos de g¨ºnero, mas mostra que permanecem disparidades em muitas ¨¢reas. A pior disparidade ¨¦ a taxa de mortalidade de meninas e mulheres em compara??o com os homens nos pa¨ªses em desenvolvimento: Em termos globais, a excessiva mortalidade feminina ap¨®s o nascimento e as meninas ¡°desparecidas¡± no nascimento representam cerca de 3,9 milh?es de mulheres por ano nos pa¨ªses de renda m¨¦dia e baixa. Cerca de dois quintos delas nem chegam a nascer devido ¨¤ prefer¨ºncia por filhos, um sexto morre na primeira inf?ncia e mais de um ter?o morre na idade reprodutiva. Essas perdas est?o aumentando na ?frica Subsaariana, especialmente nos pa¨ªses duramente atingidos pelo HIV/AIDS.

¡°Precisamos conseguir a igualdade de g¨ºneros,¡± afirmou Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial. ¡°Nos ¨²ltimos cinco anos o Grupo Banco Mundial forneceu US$ 65 bilh?es para apoiar a educa??o das meninas, a sa¨²de das mulheres e o seu acesso ao cr¨¦dito, terra, servi?os agr¨ªcolas, emprego e infraestrutura. ? um trabalho importante, por¨¦m n?o basta nem ¨¦ suficientemente central com rela??o ao que fazemos. Doravante o Grupo Banco Mundial integrar¨¢ o nosso trabalho em mat¨¦ria de g¨ºnero e procurar¨¢ outros meios de fazer avan?ar a agenda no intuito de captar o pleno potencial de metade da popula??o mundial.¡±

O relat¨®rio cita exemplos de como os pa¨ªses poderiam sair ganhando se focarem as disparidades entre homens e mulheres:

  • Assegurar acesso e tratamento iguais ¨¤s agricultoras aumentaria as safras de milho em 11% a 16% no Malaui e em 17% no Gana.
  • A melhoria do acesso, por parte das mulheres, aos insumos agr¨ªcolas em Burkina Faso aumentaria a produ??o agr¨ªcola do domic¨ªlio em cerca de 6%, sem recursos adicionais ¨C simplesmente realocando recursos tais como fertilizantes e m?o de obra entre homens e mulheres.
  • A Organiza??o para a Alimenta??o e Agricultura (FAO) estima que o acesso igual a recursos por parte das agricultoras aumentaria a produ??o dos pa¨ªses em desenvolvimento em at¨¦ 2,5% a 4%.
  • A elimina??o de barreiras que impedem as mulheres de trabalhar em certas ocupa??es ou setores teriam efeitos positivos semelhantes, reduzindo o hiato de produtividade entre trabalhadores do sexo masculino e feminino de um ter?o ¨¤ metade e aumentando a produ??o por trabalhador de 3% a 25% em uma s¨¦rie de pa¨ªses.

¡°Impedir as mulheres e meninas de obter as capacidades e renda para ter ¨ºxito em um mundo globalizado n?o somente ¨¦ errado, mas tamb¨¦m economicamente prejudicial,¡± afirmou Justin Yifu Lin, Economista-Chefe e Vice-Presidente do Departamento de Economias em Desenvolvimento do Banco Mundial. ¡°Compartilhar os frutos do cumprimento e da globaliza??o de forma igual entre homens e mulheres ¨¦ essencial para cumprir metas-chave do desenvolvimento.¡±

O relat¨®rio tamb¨¦m nota que nos ¨²ltimos 25 anos o mundo fez progresso significativo em reduzir os hiatos de g¨ºnero em educa??o, sa¨²de e mercados de trabalho. As disparidades entre meninos e meninas no ensino fundamental foram superadas em quase todos os pa¨ªses. No ensino m¨¦dio, esses hiatos est?o sendo rapidamente cobertos em muitos pa¨ªses, especialmente na Am¨¦rica Latina, Caribe e Leste Asi¨¢tico ¨C mas agora os meninos e homens jovens ¨¦ que est?o em desvantagem. Entre os pa¨ªses em desenvolvimento, as meninas agora ultrapassam os meninos nas escolas do ensino m¨¦dio em 45 pa¨ªses e h¨¢ mais jovens do sexo feminino do que do sexo masculino nas universidades em 60 pa¨ªses. Observa-se progresso semelhante na expectativa de vida, setor em que as mulheres dos pa¨ªses de baixa renda n?o somente sobrevivem aos homens, mas vivem 20 anos mais do que viviam em 1960. E em muitas partes do mundo os hiatos na participa??o na for?a de trabalho diminu¨ªram, constatando-se que nos ¨²ltimos anos 30 anos mais de meio bilh?o de mulheres entraram para a for?a de trabalho.

Os hiatos restantes incluem um n¨²mero menor de matr¨ªculas escolares de meninas desfavorecidas; acesso desigual, por parte das mulheres, a oportunidades econ?micas e ¨¤ renda, seja no mercado de trabalho, agricultura ou empreendedorismo; e grandes diferen?as em termos de participa??o entre mulheres e homens tanto no domic¨ªlio como na sociedade.

O relat¨®rio argumenta que esses padr?es de progresso e persist¨ºncia no fechamento de hiatos de g¨ºnero s?o importantes para as pol¨ªticas de desenvolvimento. A renda mais alta ajuda a fechar certos hiatos, como na educa??o. ? medida que as escolas se expandem e aumenta o n¨²mero de empregos para mulheres jovens, os pais percebem benef¨ªcios claros em educar as suas filhas. No entanto, com demasiada frequ¨ºncia os mercados e as institui??es (incluindo normas sociais em casa e cuidados familiares) combinam-se com decis?es domiciliares para perpetuar disparidades entre homens e mulheres. Como parte disso, os hiatos de g¨ºnero na renda permanecem obstinadamente inalterados em grande parte do mundo.

O WDR 2012 prop?e a??o em quatro ¨¢reas: 1) enfocar quest?es de capital humano, tais como n¨²mero excessivos de mortes de meninas e mulheres e hiatos de g¨ºnero na educa??o onde persistirem; 2) fechar hiatos de renda e produtividade entre mulheres e homens; 3) dar ¨¤s mulheres maior participa??o no domic¨ªlio e na sociedade; e 4) limitar a perpetua??o da desigualdade de g¨ºneros entre as gera??es.

¡°Focar pol¨ªticas p¨²blicas internas continua a ser fundamental para conseguir a igualdade de g¨ºnero,¡± afirmou Ana Revenga, Co-Diretora do WDR. ¡°E para serem eficazes, essas pol¨ªticas precisar?o visar ¨¤s causas b¨¢sicas dos hiatos de g¨ºnero. No caso de alguns problemas, tais como alta mortalidade materna, isso exigir¨¢ o fortalecimento das institui??es que prestam servi?os. No caso de outros hiatos, como o acesso desigual a oportunidades econ?micas, as pol¨ªticas precisar?o enfrentar m¨²ltiplas restri??es ¨C nos mercados e nas institui??es ¨C que mant¨ºm as mulheres presas na baixa produtividade/empregos de baixa renda.¡±

Para assegurar que seja constante a igualdade de g¨ºnero, a comunidade internacional precisa complementar a??es de pol¨ªticas internas em cada uma dessas ¨¢reas priorit¨¢rias. Pode tamb¨¦m apoiar a??o baseada em evid¨ºncias incentivando esfor?os para melhorar os dados, promover avalia??o dos impactos e encorajar a aprendizagem. O relat¨®rio recomenda que os formuladores de pol¨ªtica enfoquem os hiatos de g¨ºnero mais obstinados que o aumento da renda por si s¨® n?o pode cobrir. ? sanando essas falhas que as compensa??es do desenvolvimento ter?o probabilidade de serem maiores e ¨¦ a¨ª que as mudan?as de pol¨ªticas far?o a diferen?a mais not¨¢vel.

¡°Os parceiros do desenvolvimento podem apoiar pol¨ªticas internas de muitas formas ¨C mais financiamento, maior inova??o e melhores parcerias,¡± disse Sudhir Shetty, Co-Director do WDR. ¡°Financiamento adicional para servi?os de abastecimento de ¨¢gua e saneamento e cuidados maternos, por exemplo, ajudar?o os pa¨ªses mais pobres. Uma maior experimenta??o, avalia??o sistem¨¢tica e melhores dados discriminados por g¨ºnero podem indicar formas de melhorar o acesso das mulheres aos mercados. E as parcerias podem ser ampliadas de forma proveitosa para incluir o setor privado, grupos da sociedade civil e institui??es acad¨ºmicas.¡±

Contatos com a m¨ªdia:
Em Washington
Merrell Tuck-Primdahl
tel : (202) 473-9516
mtuckprimdahl@worldbank.org
Natalia Cieslik
tel : (202) 458-9369
ncieslik@worldbank.org

COMUNICADO ? IMPRENSA N?
2012/065/DEC

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