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Discursos e Transcri??es

Discurso de Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial, Confer¨ºncia de Imprensa na Abertura das Reuni?es da Primavera Setentrional de 2013, 18 de abril

18 de abril de 2013


World Bank Group President Jim Yong Kim Spring Meetings 2013 Opening Press Conference Washington, DC, Estados Unidos

Conforme preparado para pronunciamento

Ol¨¢ pessoal. Muito obrigado pela presen?a de todos os senhores nesta confer¨ºncia de imprensa que abre as Reuni?es da Primavera Setentrional de 2013 do Grupo Banco Mundial e FMI. Em primeiro lugar, permitam-me expressar novamente minhas profundas condol¨ºncias ¨¤s fam¨ªlias e amigos das pessoas que morreram ou ficaram feridas no ataque em Boston no in¨ªcio desta semana.

H¨¢ duas semanas apresentei ¨¤ comunidade global uma agenda ambiciosa que propunha uma dupla abordagem para um mundo livre de pobreza.

A primeira meta ¨¦ praticamente p?r fim ¨¤ pobreza extrema at¨¦ 2030. A segunda ¨¦ promover uma prosperidade compartilhada incentivando o aumento da renda dos 40% da popula??o de todos os pa¨ªses que est?o na faixa inferior. E para esta segunda meta tamb¨¦m planejamos compartilhar a prosperidade entre as gera??es e isso requer uma a??o din?mica em mat¨¦ria de mudan?a clim¨¢tica.

N?o abrigo d¨²vidas de que o mundo pode p?r fim ¨¤ pobreza extrema em uma gera??o, mas isso ser¨¢ muito mais dif¨ªcil do que muitos imaginam. Est¨¢ longe de ser uma certeza. Ser?o necess¨¢rios criatividade, foco, compromisso e l¨ªderes vision¨¢rios. Mas se tivermos ¨ºxito, teremos alcan?ado uma das realiza??es mais hist¨®ricas da humanidade.

Examinemos a situa??o do mundo de hoje.  Mais de quatro anos ap¨®s o in¨ªcio da crise financeira, os pa¨ªses de renda alta continuam a lutar contra o alto n¨ªvel de desemprego, baixo crescimento e fragilidade econ?mica.

A boa not¨ªcia ¨¦ que, tomados como um todo, os pa¨ªses em desenvolvimento est?o se saindo relativamente bem, prevendo-se um crescimento de cerca de 5,5% para este ano. Isso dever¨¢ solidificar-se em pouco abaixo de 6% at¨¦ 2015. De fato, os pa¨ªses em desenvolvimento s?o respons¨¢veis por mais da metade do crescimento global.

Por¨¦m, com demasiada frequ¨ºncia perdemos de vista o fato de que, no todo, esta situa??o oculta uma ampla s¨¦rie de resultados entre os pa¨ªses. Na ?frica, cerca de um quarto dos pa¨ªses cresceu 7% ou mais no ano passado e v¨¢rios deles figuram entre os de crescimento mais r¨¢pido do mundo. No Leste Asi¨¢tico e Pac¨ªfico a produ??o expande-se rapidamente em meio a temores de superaquecimento e bolhas de ativos. No entanto, o ritmo de crescimento em v¨¢rios dos principais pa¨ªses de renda m¨¦dia, entre os quais Brasil, ?ndia, R¨²ssia e Turquia diminuiu devido, em parte, a estrangulamentos n?o resolvidos nessas economias.

Em outras partes do mundo em desenvolvimento a recupera??o tem sido mais indefinida.

A diversidade de experi¨ºncias entre os pa¨ªses em desenvolvimento significa que n?o h¨¢ uma prescri??o de ¡°tamanho ¨²nico¡± para pol¨ªticas e o desenvolvimento externo j¨¢ n?o pode mais ser considerado a principal fonte de problemas. Agora, mais do que nunca, ¨¦ preciso encontrar solu??es em pol¨ªticas macroecon?micas e estruturais internas que enfoquem as diferentes condi??es de cada pa¨ªs.

Para p?r fim ¨¤ extrema pobreza em uma gera??o precisamos que ocorram pelo menos tr¨ºs fatos. Primeiro, a alta taxa de crescimento no mundo em desenvolvimento dos ¨²ltimos 15 anos deve ser acelerada.  Segundo, o crescimento tem de ser transformado em redu??o da pobreza e gera??o de empregos e deve ser inclusivo e combater a desigualdade. E terceiro, devemos evitar ou mitigar choques potenciais, tais como desastres clim¨¢ticos ou novas crises de alimentos, combust¨ªveis ou financeiras.

De modo especial, melhor desempenho no crescimento significa introduzir mais reformas como as que t¨ºm sustentado um s¨®lido crescimento dos pa¨ªses em desenvolvimento nos ¨²ltimos 15 anos. Isto significa eliminar estrangulamentos; investimento adicional na infraestrutura e, para assegurar que as pessoas de baixa renda participem dos benef¨ªcios do crescimento, investimentos muito maiores na educa??o e cuidados da sa¨²de.

Ao avan?armos, precisamos tamb¨¦m enfocar a mudan?a clim¨¢tica com um plano que acompanhe o alcance do problema. A mudan?a clim¨¢tica n?o ¨¦ apenas um desafio ambiental. ? uma amea?a fundamental para o desenvolvimento econ?mico. A menos que o mundo tome medidas ousadas agora, um planeta em aquecimento desastroso amea?a colocar a prosperidade fora do alcance de milh?es de pessoas e retroceder d¨¦cadas de desenvolvimento e de combate ¨¤ pobreza.

No Grupo Banco Mundial estamos intensificando nosso trabalho em mitiga??o, adapta??o e gest?o de risco de desastres. Cerca de 130 pa¨ªses solicitaram a assist¨ºncia do Banco Mundial em trabalhos relacionados ao clima.

Al¨¦m disso, ao avan?armos nessas metas de combate ¨¤ pobreza, devemos tamb¨¦m ser muito mais eficientes nos Estados fr¨¢geis e em situa??o de conflito. Esperamos agora direcionar mais fundos para Estados fr¨¢geis no ?mbito da Associa??o Internacional de Desenvolvimento, a AID, nosso fundo de empr¨¦stimos concession¨¢rios. Para atingirmos nossas metas de p?r fim ¨¤ pobreza e aumentar a prosperidade compartilhada, devemos ter ¨ºxito nos Estados fr¨¢geis. No pr¨®ximo m¨ºs, Ban Ki-moon, Secret¨¢rio-Geral da ONU, e eu planejamos viajar no pr¨®ximo m¨ºs ¨¤ regi?o dos Grandes Lagos da ?frica. Estou convencido de que os esfor?os conjuntos das Na??es Unidas e do Grupo Banco Mundial nas frentes de pol¨ªtica, seguran?a e desenvolvimento podem fazer uma diferen?a significativa para tirar os Estados fr¨¢geis da situa??o de incerteza.

Muito obrigado. Passo agora a responder ¨¤s suas perguntas.

 


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