WASHINGTON, 6 de outubro de 2021 ¡ªA ?frica Subsaariana dever¨¢ emergir da recess?o de 2020 provocada pela pandemia da COVID-19, com um crescimento previsto de 3,3% em 2021. Esta previs?o ¨¦ 1% superior ¨¤ previs?o de abril de 2021, de acordo com a ¨²ltima edi??o do "Africa's Pulse". Esta recupera??o ¨¦ atualmente alimentada pelos elevados pre?os das mat¨¦rias-primas, por um relaxamento das rigorosas medidas adotadas durante a pandemia e pela recupera??o do com¨¦rcio global, mas continua vulner¨¢vel, tendo em conta as baixas taxas de vacina??o no continente, os danos econ¨®micos prolongados e o ritmo lento da recupera??o.
De acordo com a an¨¢lise do "Africa's Pulse", a atualiza??o econ¨®mica semestral do Banco Mundial para a regi?o, o crescimento para 2022 e 2023 tamb¨¦m permanecer¨¢ um pouco abaixo dos 4%, continuando a ser inferior ¨¤ recupera??o nas economias avan?adas e nos mercados emergentes, e refletindo uma falta de investimentos na ASS.
"Um acesso justo e amplo ¨¤s vacinas contra a COVID 19 eficazes e seguras ¨¦ fundamental para salvar vidas e fortalecer a recupera??o econ¨®mica em ?frica". Uma disponibiliza??o mais r¨¢pida de vacinas aceleraria o crescimento da regi?o para 5,1% em 2022 e 5,4% em 2023 - pois isso permitiria levantar mais medidas de conten??o, impulsionando o consumo e o investimento,¡± disse Albert Zeufack, Economista Chefe do Banco Mundial para ?frica.
A an¨¢lise mostra que as atuais velocidades de recupera??o econ¨®mica na regi?o s?o variadas, com as tr¨ºs maiores economias, Angola, Nig¨¦ria e ?frica do Sul, a crescerem 0,4%, 2,4% e 4,6%, respetivamente. Excluindo a ?frica do Sul e a Nig¨¦ria, o resto da ASS est¨¢ a recuperar mais rapidamente a uma taxa de crescimento de 3,6% em 2021, com pa¨ªses n?o ricos em recursos, como a Costa do Marfim e o Qu¨¦nia, com uma forte recupera??o estimada de 6,2% e 5,0%, respetivamente.
Uma tend¨ºncia positiva ¨¦ que, de acordo com os autores do relat¨®rio, os pa¨ªses africanos aproveitaram a oportunidade da crise para promover reformas estruturais e macroecon¨®micas. Diversos pa¨ªses iniciaram reformas estruturais dif¨ªceis mas necess¨¢rias, tais como a unifica??o das taxas de c?mbio no Sud?o, a reforma dos subs¨ªdios aos combust¨ªveis na Nig¨¦ria e a abertura do sector das telecomunica??es ao sector privado na Eti¨®pia.
Al¨¦m disso, gra?as a pol¨ªticas monet¨¢rias e fiscais prudentes, o d¨¦fice fiscal da regi?o, que correspondia a 5,4% do PIB em 2021, dever¨¢ diminuir para 4,5% do PIB em 2022 e 3% do PIB em 2023. Contudo, a disciplina fiscal, combinada com um espa?o fiscal limitado, impediu os pa¨ªses africanos de injetarem os n¨ªveis de recursos necess¨¢rios para lan?arem uma resposta pol¨ªtica vigorosa ¨¤ COVID-19.
Al¨¦m das crescentes press?es fiscais e do crescimento dos n¨ªveis da d¨ªvida ¨¤ medida que implementam medidas para uma recupera??o econ¨®mica sustent¨¢vel e inclusiva, os pa¨ªses da ?frica Subsariana tamb¨¦m sofreram com o agravamento dos impactos das altera??es clim¨¢ticas. Os autores do "Africa's Pulse" aconselham que, assim como os pa¨ªses t¨ºm utilizado a crise para introduzir medidas de reforma, tamb¨¦m devem aproveitar esta oportunidade para fazer transi??es sustent¨¢veis e resilientes para economias com baixas emiss?es de carbono que podem proporcionar benef¨ªcios de longo prazo sob a forma da redu??o dos riscos ambientais, assim como novas aberturas para o desenvolvimento econ¨®mico.
Os relat¨®rios destacam o contexto ¨²nico de ?frica, com um baixo desenvolvimento de base, vulnerabilidades clim¨¢ticas preexistentes, um limitado acesso ¨¤ energia e uma elevada depend¨ºncia de sectores sens¨ªveis ao clima - como constituindo desafios, mas que tamb¨¦m proporcionam oportunidades para transformar a economia e criar empregos. As empresas privadas e
os governos em ?frica est?o a dar forma??o para empregos no sector da energia solar (Togo e ?frica do Sul). Os investimentos em infraestruturas inteligentes em rela??o ao clima podem ajudar as cidades a criar empregos. A descarboniza??o ¨¦ uma oportunidade para fomentar as atividades transformadoras na regi?o, incluindo a produ??o de componentes da "Internet das Coisas", a agrega??o de valor aos minerais que ir?o impulsionar a economia verde e a inser??o nas cadeias de valor regionais.
