Washington, 5 de junho de 2012 ¡ª O Grupo do Banco Mundial divulgou hoje sua nova e ambiciosa Estrat¨¦gia Ambiental para 2012-2022, que visa ajudar os pa¨ªses a buscar trajet¨®rias sustent¨¢veis de desenvolvimento que sejam verdes, includentes, eficientes e financeiramente acess¨ªveis. A nova Estrat¨¦gia responde a pedidos de novos enfoques ao desenvolvimento feitos por governos e pelo setor privado, em face de desafios ambientais sem precedentes, e define a vis?o de ¡°um mundo verde, limpo e resiliente para todos¡±.
¡°Estamos observando que trabalhar face ao v¨ªnculo das crises de alimentos, da inseguran?a relativa ¨¤ ¨¢gua e das necessidades energ¨¦ticas est¨¢ ficando cada vez mais complicado em virtude da degrada??o ambiental e da mudan?a clim¨¢tica¡±, declarou a Vice-Presidente do Banco Mundial para o Desenvolvimento Sustent¨¢vel, Rachel Kyte. ¡°Os pa¨ªses e comunidades, e os ecossistemas de que dependem, precisam ganhar resili¨ºncia enquanto seguem trajet¨®rias de desenvolvimento mais eficientes. Esta Estrat¨¦gia define as ¨¢reas a que vamos dar ¨ºnfase em nosso trabalho em resposta ¨¤s necessidades dos pa¨ªses.¡±
Com os pa¨ªses empenhados em reduzir a pobreza em face da mudan?a clim¨¢tica e de outros grandes desafios ambientais, o Grupo do Banco est¨¢ proporcionando conhecimentos, solu??es e financiamento para fomentar um ambiente que seja:
- Verde, com recursos naturais geridos e conservados em forma sustent¨¢vel, a fim de melhorar os meios de vida e garantir a seguran?a alimentar
- Limpo, em que uma limpeza maior do ar, da ¨¢gua e dos oceanos permita ¨¤s pessoas levar vidas sadias e produtivas, e onde as estrat¨¦gias de desenvolvimento deem realce ¨¤s baixas emiss?es, ao transporte inteligente em mat¨¦ria de clima, ¨¤ energia, ¨¤ agricultura e ao desenvolvimento urbano.
- Resiliente, com os pa¨ªses mais bem preparados para enfrentar choques e menos vulner¨¢veis a cat¨¢strofes naturais, padr?es meteorol¨®gicos vol¨¢teis e outros impactos da mudan?a clim¨¢tica.
Os compromissos do Banco Mundial no tocante ao meio ambiente e ¨¤ gest?o dos recursos naturais cresceram de US$1,5 bilh?o, ou 8,4% de seus empr¨¦stimos no exerc¨ªcio de 2001, para US$6,3 bih?es, ou 14,3% no de 2011.
¡°A Estrat¨¦gia reconhece o papel vital do setor privado na realiza??o do crescimento econ?mico e do desenvolvimento sustent¨¢vel e includente¡±, disse Nena Stoiljkovic, Vice-Presidente da Corpora??o Financeira Internacional (IFC) para Servi?os de Consultoria Consultiva. ¡°A IFC trabalha com o setor privado na qualidade de assessora, financiadora e fixadora de padr?es para ajudar a explorar esse potencial.¡±
A IFC investiu US$1,7 bilh?o em projetos amigos do clima no exerc¨ªcio de 2011, ou 6% mais do que os US$1,6 bilh?o investidos no exerc¨ªcio de 2010.
Nos termos da agenda ¡°verde¡±, uma prioridade-chave ¨¦ a parceria global Wealth Accounting and Valuation of Ecosystem Services (WAVES)¡ªServi?os de Contabiliza??o e Avalia??o da Riqueza dos Ecossistemas¡ª, que apoia os esfor?os dos pa¨ªses para incorporar o capital natural aos sistemas de contas nacionais; e atrav¨¦s da Global Partnership for Oceans¡ªParceria Global para os Oceanos¡ª, o foco est¨¢ voltado para o restabelecimento da sa¨²de dos mares e a optimiza??o de sua contribui??o para o crescimento econ?mico e a seguran?a alimentar.
A agenda ¡°limpa¡± d¨¢ prioridade ¨¤ gest?o da polui??o atrav¨¦s de projetos de limpeza de rios e polui??o herdada, estimulando tamb¨¦m, ao mesmo tempo, estrat¨¦gias de desenvolvimento de baixa emiss?o e o financiamento de energia renov¨¢vel, agricultura climaticamente inteligente e cidades com baixa emiss?o de carbono.
A agenda ¡°resiliente¡± orienta o apoio aos pa¨ªses, para que se adaptem ¨¤ mudan?a clim¨¢tica e melhorem a gest?o de riscos catastr¨®ficos, enfocando os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento visando reduzir a depend¨ºncia de importa??es de petr¨®leo, formar uma infraestrutura s¨®lida e restabelecer ecossistemas protetores costeiros, como os mangues.
A Estrat¨¦gia inclui planos de a??o para os desafios ambientais espec¨ªficos em cada regi?o do mundo em desenvolvimento.
- Na ?frica, o trabalho se concentrar¨¢ no fortalecimento da governan?a para gest?o dos recursos naturais, face ¨¤ crescente press?o na agricultura, na minera??o, nas florestas e nas bacias fluviais da regi?o. Em parceria com outros organismos, o setor privado e a sociedade civil, o Grupo do Banco est¨¢ buscando ampliar o acesso ¨¤ energia limpa em toda a regi?o.
- Na ?sia Oriental e Pac¨ªfico, o Grupo do Banco est¨¢ apoiando energia renov¨¢vel e efici¨ºncia energ¨¦tica, desenvolvimento urbano sustent¨¢vel e transporte, e, assim tamb¨¦m, priorizando a gradativa elimina??o de diversos poluentes industriais, assessorando sobre mercados de carbono e adapta??o na infraestrutura agr¨ªcola e costeira, intensificando a gest?o florestal e fortalecendo as parceria regionais para preservar a biodiversidade.
- Na Europa e ?sia Central, onde muitos pa¨ªses est?o enfrentando escassez de energia e um legado de polui??o industrial, o Grupo do Banco est¨¢ promovendo a energia e a produ??o limpas, apoiando ao mesmo tempo programas para disposi??o de poluentes retidos, recupera??o de bacias e melhoramento da defesa civil.
- Na Am¨¦rica Latina e Caribe, onde continua a press?o nos litorais, nas terras ¨²midas e na maior capa florestal do mundo, o Grupo do Banco est¨¢ apoiando a gest?o de ¨¢reas protegidas, a integra??o da conserva??o da biodiversidade nas paisagens produtivas e, em alguns pa¨ªses, o uso de pagamento por servi?os ambientais. Est¨¢ tamb¨¦m proporcionando ¨¤ maior regi?o urbanizada do mundo assessoramento em pol¨ªticas sobre trajet¨®rias de desenvolvimento mais limpas, apoiando a redu??o da polui??o industrial e promovendo ¡°cidades verdes¡±.
- No Oriente M¨¦dio e Norte da ?frica, onde a alta densidade demogr¨¢fica, a escassez de ¨¢gua e a pesca excessiva tendem a afetar principalmente os pobres, o Grupo do Banco est¨¢ apoiando programas para fortalecer a capacidade de pa¨ªses com mares comuns¡ªo Mediterr?neo, o Mar Vermelho, o Golfo de ?den e o Mar Ar¨¢bico¡ªpara reduzir a polui??o marinha e controlar as reservas pesqueiras. Outras ¨¢reas em foco s?o os ecossistemas des¨¦rticos e os meios de vida; a melhoria do planejamento urbano e industrial; o incremento da gera??o de energia solar; e esfor?os para reduzir a vulnerabilidade ¨¤ seca.
- Na ?sia Meridional, onde os mais pobres vivem em ¨¢reas com alta eros?o do solo, ¨ªndices pluviom¨¦tricos vari¨¢veis e florestas degradadas, o Grupo do Banco est¨¢ empenhado em fortalecer o papel da gest?o de recursos naturais na agenda do desenvolvimento, em refor?ar a gest?o ambiental na ind¨²stria e em reduzir o custo da degrada??o do meio ambiente para os pa¨ªses.
Para fazer face aos desafios de um mundo verde, limpo e resiliente, ¨¦ necess¨¢rio alavancar a vantagem comparativa de todos os parceiros no desenvolvimento. A nova Estrat¨¦gia reconhece o crescente papel do setor privado no equacionamento de preocupa??es de sustentabilidade, no desenvolvimento de padr?es de sustentabilidade e na garantia de que os mercados possam promover e de fato promovam o desenvolvimento sustent¨¢vel.
A Estrat¨¦gia cobre tamb¨¦m a Ag¨ºncia Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA)¡ªbra?o do Grupo do Banco Mundial que promove investimento estrangeiro direto e respons¨¢vel em pa¨ªses em desenvolvimento, oferecendo ao setor privado seguro contra riscos pol¨ªticos.
¡°A MIGA tem a satisfa??o de haver contribu¨ªdo para esta estrat¨¦gia e de fomentar a ideia de que o setor privado ¨¦ absolutamente essencial para a efetiva??o de mudan?as, no que se refere a quest?es ambientais¡±, declarou Michel Wormser, Vice-Presidente e Oficial-Chefe de Opera??es da MIGA.
Medir e monitorizar o progresso da Estrat¨¦gia Ambiental requer um arcabou?o de resultados, para acompanhar o progresso com o passar do tempo. A nova Estrat¨¦gia tamb¨¦m fomenta o trabalho de avalia??o de emiss?es de gases de estufa, da carteira de projetos de desenvolvimento do Grupo do Banco, com o empreendimento de diversos projetos-piloto do Banco Mundial nos setores da energia, do transporte e da silvicultura.