WASHINGTON, 1 de Mar?o, 2011 – Num momento em que a ?frica está perante uma oportunidade sem precedentes para se transformar a si própria e melhorar a vida dos seus povos, o Banco Mundial tem, em resposta, uma nova e ambiciosa estratégia que pode ajudar as economias africanas a fazerem um arranque em frente, tal como aconteceu com as economias da ?sia há 30 anos.
A nova abordagem, aprovada hoje pelo Conselho de Directores Executivos, apresenta uma mudan?a significativa na forma como a organiza??o olha para ?frica e para o seu próprio papel como apoiante do progresso no continente.
Baseado em três áreas de negócio principais, o programa foi elaborado ao longo de mais de um ano, através de estudos intensivos e de consultas internacionais, em particular com os povos de ?frica.
"Estamos entusiasmados com a perspectiva de futuro de ?frica. A ?frica do presente é representativa de muitas histórias de sucesso e de um sólido crescimento económico, impulsionado pelo dinamismo dos seus povos e das suas economias. Usámos, assim, a oportunidade representada pela nossa nova Estratégia para ?frica, para ouvir, aprender e definir, a melhor forma de apoiarmos as aspira??es do continente, no intuito de manter a din?mica das reformas económicas ao longo da próxima década,” declarou Obiageli Ezekwesili, Vice-Presidente do Banco Mundial para a Regi?o ?frica.
A Dr? Ezekwesili afirmou também: "Ao implementar esta Estratégia, o Grupo do Banco Mundial continuará a manter uma frutífera rela??o com os cidad?os, que desejar?o ter uma maior participa??o nos benefícios de melhores desempenhos económicos, a estabelecer parcerias, usar os nossos conhecimentos e financiamento para trabalhar com governos, sector privado, sociedade civil e outros parceiros, e ajudar os países a acelerarem a realiza??o das MDM, a expandirem a prosperidade económica e a reduzirem a pobreza.”
O plano, que tem por título “O Futuro de ?frica e o Apoio Prestado pelo Banco Mundial”, evolui de um enfoque generalizado sobre a procura da estabilidade económica e de bases sólidas, para uma ênfase na necessidade de aten??o a três áreas-chave:
- Competitividade e emprego – O plano ajudará os países a diversificarem as suas economias e a gerarem emprego, especialmente para os 7 – 10 milh?es de jovens que entram para a for?a de trabalho em cada ano. Ajudará a colmatar a brecha entre as necessidades e investimentos em infra-estruturas – actualmente cerca de US$ 48 mil milh?es anuais – e a apoiar os esfor?os para tornar mais fácil o funcionamento das empresas. O plano incidirá também no refor?o das competências dos trabalhadores.
- Vulnerabilidade e resiliência – os pobres de ?frica s?o muito directamente afectados pelos choques – económicos, de saúde, desastres naturais e conflitos – que os mantêm presos à pobreza. Através de um enfoque em melhores cuidados de saúde, na preven??o dos efeitos das altera??es climáticas através de melhor gest?o dos recursos hídricos e da irriga??o, e refor?ando as entidades públicas para que possam distribuir os recursos mais equitativamente e construir consensos, o plano visa reduzir a incidência de choques e limitar os danos daqueles que possam ainda assim ocorrer.
- Governa??o e capacita??o do sector público – Servi?os de import?ncia crucial, de educa??o, saúde e infra-estruturas básicas, s?o muitas vezes mal prestados ou n?o s?o de todo prestados, devido à má gest?o de fundos públicos. O programa de apoio do Banco procura dar aos cidad?os melhor informa??o sobre o que devem esperar dos seus governos, bem como a capacidade para expor casos em que os servi?os n?o sejam adequadamente prestados. O Banco trabalhará também directamente com os governos para os ajudar a melhorarem os seus sistemas e capacidades para prestarem servi?os básicos e gerirem as suas contabilidades.
Significativamente, a nova estratégia inverte a ordem de import?ncia dos instrumentos de apoio do Banco a ?frica. O factor mais importante ser?o as parcerias, seguidas do conhecimento e por fim do financiamento. O objectivo é assegurar que as interven??es do Banco complementem o que outros, incluindo os Governos africanos, o sector privado e outras agências, est?o também a fazer.
“Esta estratégia é t?o representativa do que colhemos junto dos povos de ?frica e dos seus líderes, como do sentimento do próprio Banco Mundial,” disse Shantayanan Devarajan, Economista Chefe do Banco Mundial para ?frica. “Ainda que estejamos confiantes de que esta é a abordagem mais correcta para o presente, queremos também assegurar que estamos prontos a fazer adapta??es à medida que ?frica continue a evoluir e progredir. ? isso que faz do presente um período t?o empolgante para a ?frica. O continente surpreendeu muitos negativistas, conseguindo mais de uma década de sólido crescimento económico e sustentada redu??o da pobreza. E pode agarrar esta oportunidade histórica. Outras regi?es já o fizeram. E ?frica também o vai conseguir.”
