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COMUNICADO ? IMPRENSA 11 de outubro de 2017

Recupera??o Modesta do Crescimento na ?frica Subsariana

WASHINGTON, 11 de Outubro de 2017 ? O crescimento econ¨®mico na ?frica Subsariana est¨¢ a recuperar a um ritmo moderado e prev¨º-se que acelere para 2,4% em 2017 face a 1,3% em 2016, de acordo com a nova edi??o do Africa¡¯s Pulse, uma an¨¢lise semestral da situa??o das economias, conduzida pelo Banco Mundial. Este valor est¨¢ abaixo da previs?o de Abril de 2,6%.

Essa recupera??o ¨¦ liderada pelas maiores economias da regi?o. No segundo trimestre deste ano, a Nig¨¦ria saiu de uma recess?o que durava a cinco trimestres e a ?frica do Sul emergiu de dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. Melhorias nas condi??es globais, incluindo o aumento dos pre?os de energia e metais e o aumento das entradas de capital, ajudaram a apoiar a recupera??o do crescimento regional. No entanto, o relat¨®rio avisa que o ritmo da recupera??o permanece lento e ser¨¢ insuficiente para aumentar a renda per capita em 2017.

O crescimento continua a ser de m¨²ltiplas velocidades na regi?o. Em pa¨ªses n?o dependentes de recursos, como a Eti¨®pia e o Senegal, o crescimento permanece amplamente est¨¢vel, apoiado por investimentos em infraestrutura e aumento da produ??o agr¨ªcola. Nos pa¨ªses exportadores de metais, o aumento da produ??o e do investimento no setor de minera??o, no contexto de aumento dos pre?os dos metais, permitiu uma recupera??o da atividade.

A infla??o global desacelerou em toda a regi?o em 2017 gra?as a taxas de c?mbio est¨¢veis e ao abrandamento da infla??o dos pre?os dos produtos alimentares. Os d¨¦fices or?amentais diminu¨ªram, mas continuam a ser altos, uma vez que as medidas de ajustamento or?amental permanecem parciais. Como resultado, a d¨ªvida p¨²blica mant¨¦m-se elevada. S?o necess¨¢rios esfor?os adicionais, em toda a regi?o, para dar resposta ¨¤ queda das receitas e controlar as despesas com vista a melhorar os saldos or?amentais.

"A maioria dos pa¨ªses n?o tem um espa?o de al¨ªvio significativo quando se trata de ter espa?o fiscal suficiente para lidar com a volatilidade econ?mica. ? imperativo que os pa¨ªses adotem pol¨ªticas fiscais adequadas e medidas estruturais agora para fortalecer a resili¨ºncia econ?mica, aumentar a produtividade, aumentar o investimento e promover a diversifica??o econ?mica ", observa Albert Zeufack, economista-chefe para Africa do Banco Mundial.

Em termos de futuro, a ?frica Subsariana dever¨¢ registar um aumento ligeiro na actividade econ¨®mica, com o crescimento a subir para 3,2% em 2018 e 3,5% em 2019, ¨¤ medida que se consolidam os pre?os das mat¨¦rias-primas e a procura interna gradualmente ganha terreno, ajudado por uma infla??o em queda e a flexibiliza??o da pol¨ªtica monet¨¢ria. Contudo, as perspectivas de crescimento v?o manter-se fracas nos pa¨ªses da Comunidade Econ¨®mica e Monet¨¢ria da ?frica Central (CEMAC) ao tentarem ajustar-se aos baixos pre?os do petr¨®leo.

Prev¨º-se que a expans?o econ¨®mica na Uni?o Econ¨®mica e Monet¨¢ria da ?frica Ocidental (UEMOA) prossiga a um ritmo acelerado em resultado de um crescimento s¨®lido do investimento p¨²blico, embora os pre?os baixos do cacau possam afectar o crescimento na Costa do Marfim. Entre os pa¨ªses da Comunidade da ?frica Oriental (CAO), ¨¦ prov¨¢vel que a Eti¨®pia permane?a a economia com o crescimento mais r¨¢pido, embora se espere uma desacelera??o do investimento p¨²blico. Projecta-se uma recupera??o do crescimento no Qu¨¦nia, com o abrandamento da infla??o e, na Tanz?nia, um crescimento firme fruto da retoma do investimento.

Espera-se que a expans?o econ?mica nos pa¨ªses da Uni?o Econ?mica e Monet¨¢ria da ?frica Ocidental (UEMOA) continue em forte crescimento devido ao forte crescimento do investimento p¨²blico, liderado pela C?te d'Ivoire e pelo Senegal. Por outro lado, espera-se que o crescimento se estabele?a na Tanz?nia com uma recupera??o do crescimento do investimento e recupera??o no Qu¨ºnia, com o alivio da infla??o. ? prov¨¢vel que a Eti¨®pia continue a ser a economia de crescimento mais r¨¢pido na regi?o, embora o investimento p¨²blico tende a relentar.

¡°A perspectiva para a regi?o continua a ser desafiadora, uma vez que o crescimento econ¨®mico continuar¨¢ bem abaixo da m¨¦dia registada antes da crise¡±, diz Punam Chuhan-Pole, Economista Principal do Banco Mundial e autor principal do relat¨®rio. "Al¨¦m disso, o ritmo de crescimento moderado s¨® produzir¨¢ ganhos lentos na renda per capita que n?o ser?o suficientes para aproveitar a prosperidade ampla e acelerar a redu??o da pobreza".

A an¨¢lise mostra que o aumento da acumula??o de capital foi acompanhada pela queda da efici¨ºncia dos investimentos em pa¨ªses onde o crescimento econ?mico tem sido menos resiliente aos choques ex¨®genos. Isso sugere que a inefici¨ºncia do investimento - que reflete habilidades insuficientes e outras capacidades para a ado??o de novas tecnologias, pol¨ªticas de distor??o e desajuste de recursos, entre outras coisas - precisar¨¢ ser reduzida se os pa¨ªses captarem plenamente os benef¨ªcios de investimentos maiores.

? medida que os pa¨ªses africanos buscam novos impulsionadores de um crescimento inclusivo e sustentado, a aten??o ¨¤ constru??o de habilidades est¨¢ crescendo. O relat¨®rio Africa's Pulse dedica uma se??o especial para analisar como os pa¨ªses africanos, atrav¨¦s de investimentos mais inteligentes no desenvolvimento de habilidades fundamentais para crian?as, jovens e adultos, podem aproveitar os gastos para alcan?ar melhores resultados de aprendizagem que simultaneamente aumentar?o o crescimento da produtividade, a inclus?o e a adaptabilidade da m?o de obra de ?frica para a demanda dos mercados de trabalho de hoje e do futuro.

Investir nas compet¨ºncias b¨¢sicas de crian?as, jovens e adultos ¨¦ a estrat¨¦gia mais eficaz para simultaneamente aumentar a produtividade, inclus?o e adaptabilidade. Nestas circunst?ncias, todos os pa¨ªses deveriam dar prioridade ¨¤ cria??o de compet¨ºncias b¨¢sicas universais para os trabalhadores de hoje e de amanh?.


COMUNICADO ? IMPRENSA N? 2018/032/AFR

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