WASHINGTON, D.C. 19 de Janeiro de 2011 – O Banco Mundial divulgará em Mar?o uma nova estratégia para indicar como planeia rever o seu enfoque e aprofundar a sua parceria com ?frica nos próximos cinco anos até 2016.
A estratégia conhecida como “Futuro de ?frica e apoio do Banco Mundial a ela” recebeu a colabora??o de consultas, ideias e feedback provenientes de mais de dois mil africanos e pessoas doutros países que participaram duma série de consultas tanto presenciais como on-line de oito meses de dura??o.
De Junho a Dezembro de 2010 o Banco Mundial convidou interessados - funcionários públicos, peritos em desenvolvimento, legisladores, formuladores de políticas, pessoas da diáspora, representantes da sociedade civil, sector privado, média e círculos académicos, etc - a participarem da revis?o da estratégia que o Banco Mundial está a usar desde 2005, conhecida como o Plano de Ac??o de ?frica, para promover o desenvolvimento no Continente.
Cerca de mil interessados ofereceram sugest?es em reuni?es presenciais e workshops em 36 países, 31 deles em ?frica. Para além disto, comentários e sugest?es apresentados por mais de 540 participantes on-line na primeira fase de consultas (Junho-Setembro de 2010) informaram a vers?o preliminar da estratégia.
Nesta primeira fase os interessados levantaram uma série de quest?es relacionadas com os respectivos países, as suas sub-regi?es e o continente. As preocupa??es variaram de promo??o do sector privado como impulsor do crescimento à capacidade dos governos de administrar recursos e ao papel das organiza??es económicas sub-regionais no fornecimento de solu??es regionais.
Após a divulga??o da vers?o preliminar da estratégia em Novembro de 2010, a segunda fase de consultas possibilitou ao Banco Mundial verificar se as ideias expressas na primeira rodada tinham sido incorporadas, bem como receber outros comentários ao documento e os incorporar. Uma sólida maioria (76%) dos 880 entrevistados indicou que a vers?o preliminar captava com exactid?o os desafios ao desenvolvimento que enfrenta ?frica.
“Desejamos agradecer a todos os que participaram deste processo,” afirmou Shanta Devarajan, Economista-Chefe do Banco Mundial para a Regi?o de ?frica e autor principal da estratégia. “Os comentários recebidos demonstram que tínhamos conhecimento há algum tempo de que os africanos est?o em melhor posi??o para determinar as suas necessidades de desenvolvimento e as interven??es necessárias para promover o crescimento económico e a redu??o da pobreza nos respectivos países.”
Com base no feedback das consultas, a participa??o do Banco Mundial no apoio ao desenvolvimento de ?frica será doravante organizado nos dois pilares indicados na vers?o preliminar da estratégia: (i) competitividade e emprego; e (ii) vulnerabilidade e resiliência.
A governa??o e a capacidade do sector público s?o os fundamentos do trabalho realizado com base nestes dois temas transversais. Os pilares e o fundamento reconhecem os desafios actuais, prioridades e oportunidades, incluindo o início do crescimento económico rápido e o potencial para ?frica se tornar um pólo global.
Levam também em conta as reformas internas no Banco Mundial. As reformas mais importantes aprofundam a responsabilidade do país na formula??o e implementa??o de programas de desenvolvimento; impulsionar o acesso aos dados, informa??o e desenvolvimento de conhecimentos, incluindo aprendizagem Sul-Sul; e fortalecimento do empoderamento dum quadro de pessoal do Banco Mundial cada vez mais descentralizado, incluindo peritos e gestores sediados no continente.
“O instrumento principal da implementa??o da estratégia ser?o as parcerias,” afirmou Obiageli Ezekwesili, Vice-Presidente do Banco Mundial para a Regi?o de ?frica. “Precisamos incluir o sector privado, os actores do desenvolvimento e, mais importante ainda, a sociedade africana na formula??o de solu??es de desenvolvimento no futuro, bem como para assegurar que o nosso conhecimento e recursos financeiros sejam muito mais produtivos e eficazes.”
Algumas das muitas sugest?es feitas pelos participantes durante as consultas incluíram incentivo, por parte dos interessados, no sentido de que o Banco Mundial:
- Reconhe?a o papel de longa data da China no comércio com o Continente e com o desenvolvimento de ?frica, bem como incentive e crie parcerias asiático-africanas mais sólidas, tendo em mente que o interesse no Continente como destino de negócios aumentará nos próximos anos;
- Intensifique a participa??o de actores n?o relacionados com o Estado, tais como organiza??es da sociedade civil, na formula??o, implementa??o, monitoriza??o e avalia??o das interven??es no desenvolvimento;
- Assegure que seja dada maior ênfase à agricultura, dado o seu enorme potencial para impulsionar os rendimentos dos pobres, melhorar a seguran?a alimentícia, reduzir a pobreza e gerar oportunidades para a agroempresa; e
Considere as melhores formas de integrar o sector formal – motor-chave do emprego, especialmente entre jovens e mulheres em ?frica – no pilar de competitividade e emprego da estratégia. - Com base na riqueza de opini?es e feedback, bem como em discuss?es internas na institui??o, a Regi?o de ?frica do Banco Mundial está agora a finalizar a estratégia, cuja apresenta??o à Direc??o Executiva está programada para o início de Mar?o de 2011.
Uma vez endossada, o trabalho Africa's future and World Bank support to it (Futuro da ?frica e apoio do Banco Mundial a ela) será publicado e implementado a partir do próximo exercício financeiro em 1? de Julho de 2011. Antes da revis?o por parte da Direc??o Executiva, Ezekwesili e Devarajan apresentar?o uma vis?o geral do processo de consultas e as suas conclus?es em data a ser em breve anunciada.
O Grupo Banco Mundial tem opera??es em 47 países da ?frica Subsariana na qual o seu financiamento é principalmente feito por meio da Associa??o Internacional de Desenvolvimento (AID) – fundo do Banco Mundial para os 79 países mais pobres do mundo, 39 dos quais est?o em ?frica – e pela Corpora??o Financeira Internacional (IFC), ramo do sector privado. Em 2010 o Grupo Banco Mundial alocou um montante recorde de USD 11,5 bili?es em empréstimos, com créditos de juros quase zero, subven??es, investimentos de capital e garantias para ?frica.
