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REPORTAGEM

Eles s?o os olhos e os ouvidos do Rio de Janeiro

2 de abril de 2013


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400 homens e mulheres se revezam para monitorar os v¨ªdeos captados por 900 c?meras instaladas em todo o Rio de Janeiro.

Mariana Ceratti / World Bank

DESTAQUES DO ARTIGO
  • No Centro de Opera??es do Rio de Janeiro, controladores monitoram o tempo e o tr¨¢fego, bem como o funcionamento dos servi?os p¨²blicos.
  • Eles se revezam e, caso haja alguma emerg¨ºncia, os ¨®rg?os p¨²blicos conseguem responder rapidamente.
  • O Banco Mundial e a Prefeitura do Rio trabalham juntos para melhorar os sistemas de alerta e para desenvolver pol¨ªticas de preven??o e gerenciamento de desastres.

Eles n?o s?o turistas. Est?o longe do monumental Cristo Redentor. Ainda assim, 400 homens e mulheres t¨ºm um ponto de vista privilegiado do Rio de Janeiro.

Em uma ¨²nica sala ¨C onde se revezam ¨C esses profissionais observam o Rio e seus mais de 6 milh?es de habitantes. Diante de uma tela de 80 metros quadrados, podem monitorar boa parte do que est¨¢ acontecendo na cidade, desde o tr¨¢fego at¨¦ a coleta de lixo.

A sala e seu tel?o, a apenas dois minutos da prefeitura, formam o n¨²cleo do Centro de Opera??es do Rio de Janeiro, que trabalha em tempo integral para acompanhar o dia a dia da cidade.

Os controladores, vindos de 30 ¨®rg?os p¨²blicos (como o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil e a Pol¨ªcia Civil), ficam de olho nos v¨ªdeos captados por 900 c?meras.

Integra??o f¨ªsica

Quando h¨¢ qualquer emerg¨ºncia, os controladores podem se comunicar e coordenar uma rea??o facilmente. ¡°O Centro de Opera??es permite a integra??o f¨ªsica e l¨®gica dos servi?os p¨²blicos¡±, comenta Pedro Junqueira, novo chefe de opera??es do local.

¡°O Centro tamb¨¦m conta com uma sala de imprensa, onde os jornalistas podem observer e transmitir imediatamente qualquer informa??o relevante; isso ajuda os cidad?os a planejar as atividades do dia a dia¡±, explica Junqueira.


" Uma cidade t?o din?mica quanto o Rio de Janeiro tamb¨¦m precisa ser resistente "

Pedro Junqueira

Chefe de opera??es do Centro

Alerta e resist¨ºncia

Do Centro de Opera??es, aberto em dezembro de 2010, os controladores ainda conseguem fazer previs?es do tempo e avaliar se h¨¢ alguma amea?a a moradores de ¨¢reas de risco (principalmente nas favelas cariocas).

Eles usam um radar clim¨¢tico com alcance de 250km, 100 medidores pluviom¨¦tricos e um sistema de alerta que j¨¢ funciona em diversas ¨¢reas pobres ¨C entre elas, o Complexo do Alem?o.

Quando chove mais de 40mm em uma hora, sirenes tocam e mensagens de texto s?o enviadas a l¨ªderes comunit¨¢rios treinados. A tecnologia ajuda a evacuar as ¨¢reas mais sujeitas a deslizamentos de terra. Dessa forma, pode evitar novas trag¨¦dias como a ocorrida em 2010 no Morro dos Prazeres. ? ¨¦poca, 34 pessoas morreram.

Muito al¨¦m de alertar sobre fen?menos clim¨¢ticos e responder a eles, o Rio vem desenvolvendo pol¨ªticas de preven??o e gerenciamento de desastres naturais. ¡°Uma cidade t?o din?mica quanto esta tamb¨¦m precisa ser resistente¡±, diz Junqueira.  

No momento em que a cidade se prepara para receber grandes eventos esportivos ¨C como a Copa de 2014 e as Olimp¨ªadas de 2016 ¨C, o Centro de Opera??es e os olhos dos controladores ganhar?o ainda mais import?ncia.


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