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REPORTAGEM

Mulheres no trabalho: bom para elas e para a economia brasileira

22 de fevereiro de 2013


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As brasileiras representam quase 44% da for?a de trabalho nacional. Al¨¦m disso, 59,5% das empresas do pa¨ªs t¨ºm uma mulher entre os principais donos.

Marcello Casal Jr./ABr.

DESTAQUES DO ARTIGO
  • A igualdade salarial entre homens e mulheres traz benef¨ªcios n?o s¨® para as fam¨ªlias, mas tamb¨¦m para a economia, segundo novo estudo.
  • O relat¨®rio analisa outros impactos positivos de uma lei que promova oportunidades iguais no mercado de trabalho.
  • No Brasil, entretanto, o Congresso ainda n?o conseguiu aprovar nenhuma lei desse tipo. E ainda s?o poucas as empresas que disp?em de programas pr¨®-igualdade.

No Brasil, a hora de trabalho de uma mulher ainda vale um quarto a menos do que a de um homem. E essa diferen?a n?o tem a ver com a experi¨ºncia ou o n¨ªvel de educa??o dessas trabalhadoras. Pelo contr¨¢rio: reflete a discrimina??o que ainda existe no mercado de trabalho, embora a Constitui??o garanta direitos iguais para homens e mulheres.

Um novo estudo do Banco Mundial mostra que, se essa desigualdade acabar, n?o s¨® as brasileiras (mas toda a economia) sentir?o os benef¨ªcios.

O relat¨®rio trabalha com uma s¨¦rie de leis hipot¨¦ticas e capazes de promover sal¨¢rios iguais entre homens e mulheres. A consequ¨ºncia imediata dessas leis ¨¦ o aumento na renda familiar. H¨¢ tamb¨¦m v¨¢rias outras vantagens de longo prazo.  

Quem ganha mais consegue poupar mais, o que traz um impacto direto no crescimento econ?mico e na arrecada??o de impostos, segundo o estudo. Al¨¦m disso, uma arrecada??o mais alta pode dar origem a mais investimentos em sa¨²de e educa??o, o que beneficia crian?as e adultos.

¡°A longo prazo, a redu??o da desigualdade de g¨ºnero ajuda a melhorar a sa¨²de das mulheres e traz um aumento de 0.15 ponto percentual na taxa de crescimento do produto¡±, dizem os economistas e autores Otaviano Canuto e Pierre-Richard Ag¨¦nor. O primeiro deles ¨¦ vice-presidente do Banco Mundial. O segundo, professor na Universidade de Manchester (Reino Unido).


" A an¨¢lise mostra que apoiar a igualdade de g¨ºnero tem benef¨ªcios no crescimento de longo prazo do pa¨ªs. "

Oportunidades iguais

As brasileiras representam . Al¨¦m disso, 59,3% das empresas do pa¨ªs . As mulheres tamb¨¦m t¨ºm do que os homens. Mesmo assim, elas ainda s?o discriminadas pelo mercado de trabalho ¨C e continuam a fazer a maior parte das tarefas dom¨¦sticas.

Alguns parlamentares j¨¢ tentaram aprovar projetos de lei para diminuir essa desigualdade, mas ningu¨¦m conseguiu at¨¦ agora. O , por exemplo, da deputada baiana Alice Portugal, estabelece sal¨¢rios iguais e a cria??o de comiss?es de igualdade de g¨ºnero em todas as empresas brasileiras. O texto nunca foi votado pela C?mara.

Fora do Congresso, uma iniciativa da Secretaria de Pol¨ªticas para as Mulheres (SPM) teve mais sucesso: o .

Das 16 empresas integrantes da primeira edi??o (2005/2006), 11 receberam o selo pr¨®-equidade, dado ¨¤quelas que se comprometem a oferecer sal¨¢rios e oportunidades iguais. Na quarta edi??o (2011/2012), 81 participaram. Ainda assim, elas representam uma minoria entre as corpora??es do pa¨ªs.

Esfor?os integrados

Entre outros temas, o estudo ainda analisa como programas como Bolsa Fam¨ªlia e permitem maior igualdade de g¨ºnero. Com maior acesso a ¨¢²µ³Ü²¹, transporte e eletricidade, por exemplo, as mulheres gastam menos tempo nas tarefas de casa ¨C e tornam-se mais livres para cuidar dos filhos, estudar, trabalhar e descansar.

Os autores tamb¨¦m ressaltam as vantagens de combinar essas e outras pol¨ªticas em prol do crescimento econ?mico e da igualdade. Canuto e Agenor avaliam, por exemplo, os impactos de uma reforma tribut¨¢ria e de investimentos em sa¨²de e educa??o.

¡°A an¨¢lise mostra que apoiar a igualdade de g¨ºnero tem benef¨ªcios no crescimento de longo prazo do pa¨ªs¡±, defendem.


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